20/09/2009

Maior Cuidado nas Sondagens

Estamos a 20 de Setembro de 2009, a uma semana das eleições.

As sondagens mais recentes têm revelado um maior cuidado na apresentação dos resultados. Aparentam já não fazem projecções (ratear os indecisos proporcionalmente pelos vários partidos), tal como sugeri em «A "Ciência" das Sondagens». Ainda assim, continuam a adulterar ligeiramente as percentagens. Seria mais fiável apresentarem apenas as percentagens directamente expressas. No entanto, na sondagem que se mostra em seguida, assumiram que, quem não expressou o seu voto, se absteria (14%). Além disso, as percentagens do texto não estão de acordo com as percentagens dos gráficos, o que não permite uma análise objectiva dos dados em questão.


Uma análise mais objectiva necessitaria dos valores correctos, e não incoerentes, como se verificam na sondagem indicada. No entanto, o raciocínio será o mesmo, bastando corrigir os valores de acordo com as percentagens que se venham a revelar correctas.

Os valores que realmente interessam analisar são os ditos globais (entre parêntesis). Ou seja, antes de assumirem (erradamente) que os 14% que não responderam se abstêm. E esses valores apenas constam no gráfico, não no texto. Os valores são:

BE 8,2%
CDS/PP 7,1%
CDU 7,1%
PS 29,6%
PSD 26,9%
Outros 6,1%
TOTAL 85,0%
NS/NR/etc. 15,0%

Ora, estes 15% (14% segundo a legenda da imagem, e 15% no texto) podem ter uma enorme influência no resultado final.
Não se podem desprezar como abstencionistas (conforme refere a legenda da imagem), nem se podem usar descuidadamente nas projecções (conforme refere o texto).

Aquilo que se sabe, que foi realmente medido, é que:
  • A diferença entre PS e PSD é de apenas 2,7%.
  • Existem 15% de indecisos.

Na ficha técnica, o grau de confiança indicado, refere-se apenas sobre estes valores medidos.
Ao retirar indecisos, ou ao fazer projecções, esse grau de confiança diminui drasticamente, porque a margem de erro aumenta exponencialmente.

Seria bastante útil que, aos indecisos, fosse questionado em quem não vão votar. Assim seria possível efectuar uma projecção com um maior grau de confiança. A distribuição dos votos deixaria de ser proporcional aos votos expressos, para passar a ser inversamente proporcional aos não-votos expressos.

Também é muito interessante observar:
«Prognósticos? Só no fim do jogo...»

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