É sempre bom saber que os aumentos de impostos, os cortes nos subsídios de férias e Natal, as reduções das prestações sociais e pensões, e as eliminações de benefícios fiscais - em suma, os sacrifícios pedidos aos portugueses - estão a ser usados para boas causas, como para pagar licenças de software à Microsoft. Software esse que poderia ser livre de qualquer licença, e assim poupar milhões de Euros.
Sim, milhões. Segundo o Tugaleaks, estamos a fazer 4,8 milhões de Euros de sacrifícios perfeitamente desnecessários.
Governo Português “oferece” 4.8 milhões de euros à Microsoft
Na realidade, estes 4,8 milhões de Euros são uma pequena parcela da realidade, porque dizem respeito apenas ao MAI - Ministério da Administração Interna. Ou seja, se totalizarmos o custo com licenciamento de software Microsoft de todo o Estado Português, teremos um valor certamente capaz de pagar muitas pensões, subsídios, e outras prestações muito mais importantes para aqueles que o Estado deveria servir: os cidadãos.
MAI vai gastar 4,8 milhões de euros a renovar licenças de software
(NOTA: o link acima redirecciona para uma página escrita segundo a Merda Ortográfica de 1990)
Actualização a 22/6/2012:
Afinal estes 4,8 milhões de Euros acrescem a 9 milhões de Euros aprovados há apenas 4 meses. Já são 13,8 milhões de Euros este ano (que ainda só vai a meio) para apenas um único ministério.
MAI terá desperdiçado milhões em programas informáticos
Administração Interna contrata Microsoft por 9 milhões a três anos
ESOP critica contrato entre Governo e Microsoft (escrito segundo a Merda Ortográfica de 1990)
Fica assim provado que o actual Governo não é muito diferente do anterior, no que concerne a esbanjar dinheiro com a Microsoft.
Relembro que os anteriores Governos de Sócrates "mimaram" a Microsoft com uns extras. Ou seja, para além de esbanjarem dinheiro em licenças de software Microsoft, tal como o actual Governo, ainda deram uns valentes "bónus" à Microsoft.
Exemplos:
- Magalhães
- Cartão do Cidadão
Existem inúmeras alternativas ao software Microsoft, a custo zero de licenciamento, e com vantagens adicionais, como:
- menores requisitos de hardware (redução adicional de custos com hardware)
- maior segurança (redução adicional de custos com anti-vírus)
- maior produtividade (ver notícias: Centros de Saúde; Justiça)
Exemplos de alternativas:
Algumas das alternativas ao Windows:
- Caixa Mágica - http://www.caixamagica.pt
- Linux Mint - http://linuxmint.com/
- Xubuntu - http://xubuntu.org/
- Ubuntu - http://www.ubuntu.com/
- Fedora - http://fedoraproject.org/
- CentOS - http://www.centos.org/
- Outras: http://distrowatch.com/
Algumas das alternativas ao Office:
- Open Office - http://www.openoffice.org/
- Libre Office - http://www.libreoffice.org/
- Correctores ortográficos (com e sem AO90) - http://natura.di.uminho.pt/wiki/doku.php?id=dicionarios:main (era: http://maracujah.net/software/dict)
Outras alternativas:
Actualização a 22/6/2012:
A visão da União Europeia:
ICT for Government and Public Services: Towards an ‘open’ future
Strategy for internal use of OSS at the EC