30/03/2011

Passo trocado

O (des)Governo de Sócrates lembra-me aquela piada do soldado que ia com o passo trocado, e cuja mãe dizia que era o único que ia com o passo certo.

Toda a oposição revogou o PEC4.
O PS diz que fizeram mal.

Toda a oposição revogou o sistema de avaliação dos professores.
O PS diz que fizeram mal.

Toda a oposição revogou o aumento de limites máximos da despesa.
O PS, de certeza, dirá que fizeram mal.

Estou à espera do dia em que revoguem o Acordo Ortográfico.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/politica/256048-oposicao-chumba-pec-4
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/parlamento-revoga-avaliacao-dos-professores_1486786
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1818935

ACTUALIZAÇÃO:
http://www.abc.es/20110327/economia/abcp-antipatico-contra-todos-20110327.html

29/03/2011

Sócrates: a última mentira

A crise política da rejeição do PEC4 foi propositada.
Até aqui penso que ninguém terá dúvidas.

O PS clama que a culpa da crise política, pela rejeição do PEC4, é da oposição.
A realidade é bem diferente. Foi o (des)Governo que provocou propositadamente a rejeição do PEC4 e subsequente crise política.
Esta conclusão não é óbvia, mas é fácil de lá chegar.

Factos:

1.
O (des)Governo sabia que mascarou o défice real nas contas que apresentou.
Estava comprometido a um défice máximo de 7,3%.
Foi apresentado um défice de 6,9% para o ano de 2010.
Entretanto, o (des)Governo sabe que o Eurostat descobriu o buraco nas contas que colocam o défice acima dos 8%. Ver: Défice acima dos 8%

2.
Juros da dívida pública solidamente acima dos 7%.
O (des)Governo afirmou, por via do Ministro das Finanças (Ministro dos Buracos Financeiros), que os juros acima dos 7% seriam incomportáveis, e que seria a barreira para a entrada do FMI. Ver: Barreira dos 7%

3.
Sabendo tudo isto, o (des)Governo apresenta um PEC4 da forma que se sabe:

  • Não informa o Presidente da República.
  • Não informa o Parlamento.
  • Apresenta medidas para 2012 no início de 2011.
  • Propositadamente inclui no PEC medidas controversas, e sem sentido.
  • Admite levar o PEC a discussão no Parlamento.
  • À última da hora dá o dito por não dito, e retira o PEC de discussão, dizendo que se demite caso o PEC4 não seja aprovado.


4.
Sócrates, com pressa de se demitir (e assim atirar as culpas para a oposição), abandona o Parlamento a meio da discussão do PEC4, de modo a ir apresentar a sua demissão a Belém. Ver: Sócrates abandona Parlamento

Ou seja, tudo indica que a crise política foi planeada pelo (des)Governo de Sócrates.
Esta fuga às responsabilidades só traz vantagem para uma única pessoa: Sócrates.
Permite-lhe atirar as culpas da crise política para a oposição.
Permite-lhe também chamar o FMI apresentando o mesmo culpado: a oposição.

A realidade é que o (des)Governo:

  • Não foi capaz de cumprir a meta do défice.
  • Não foi capaz de travar a subida dos juros da dívida pública.

Sabendo isto, a saída que encontrou foi:

  • Provocar uma crise política.
  • Atirar as culpas para cima dos outros.


Resta apenas a dúvida sobre o papel da oposição nesta crise política:
Estaria a oposição ciente deste golpe de teatro que era o PEC4?
A oposição caiu na armadilha?
Ou estava a oposição conivente com o (des)Governo na criação da crise política?

21/03/2011

A queda de Sócrates

Salazar caiu da cadeira...
Sócrates cairá de onde?
Ainda ninguém sabe de onde cairá Sócrates, mas estão à espera que seja esta semana.
Pessoalmente, acho que será mais interessante que Sócrates caia em Abril, mais precisamente no dia 25.
Deste modo, anualmente, haveria muita gente a celebrar o 25 de Abril de 1974, mas muitos mais a celebrar o mesmo dia de 2011.

NOTA:
Peço desculpa pela ofensa a António de Oliveira Salazar, resultante do facto de incluir o nome dele em texto referente a Sócrates.